Inês S. F. 21 anos, Estudante, Portugal
Hoje, sou uma grande Mulher! Obrigada, Marco, para mim, terá sempre um lugar muito especial aqui guardadinho.
A todos os presentes, O meu nome é Inês F. Se o estão a ouvir é porque, até aqui, já acreditaram um bocadinho. Se o estão a ouvir, é porque esperam com força conseguir acreditar mais e mais, naquilo que provavelmente é a única solução para as vossas tormentas. Neste momento tenho 21 anos. A infância foi muito pouco tempo de infância vivida. As adversidades que a vida escolheu para mim, obrigaram-me desde cedo a arranjar os mais diversos mecanismos como forma de escape. Mecanismos esses que eu desconhecia, e foi diagnosticada com Psicose, e incluindo:
Alucinações, Ataques de Pânico. Automutilação. Pânico da Noite. Paranoias. Esgotamento. Depressão. Ansiedade. e isto tudo era consequência de problemas familiares. violência domestica. tentativas de violação. dificuldades financeiras. Em resumo. Desde tenra idade com uma quantidade exuberante de dúvidas, para a mínima paleta de respostas que me era apresentada, a esperança em cada nova consulta, no aperto de mão a cada novo profissional, diminuía. Passados aproximadamente oito anos em consultas, sessões e retiros, o corpo colapsa. A minha cabeça, aos 16 anos era o resultado de uma vida com um cérebro equivalente a uma máquina, que não se desligava por nada. O meu cérebro não havia eliminado nada desde os meus 2 anos de idade, todas as adversidades se transformaram num bolo confuso e numa interrogação fatal: o que faço eu aqui? Após um primeiro internamento na ala pedopsiquiátrica do Hospital de Santa Maria, e seguidamente a uma tentativa falhada de seguir com uma vida quotidiana dita “normal”. O ambiente escolar era aterrador e a excelente aluna que sempre, independentemente de tudo, consegui ser, estava a desvanecer-se pelas sombras do pensamento. De um dia para o outro, todos os medos, todas as experiências, todas as mágoas, todas as feridas, se transformaram numa coisa só: a necessidade de me defender do mundo. Sem mais nem menos, eu deixei de conseguir viver em sociedade, e não confiava em ninguém. Sem mais nem menos, qualquer que fosse a pessoa, sentada, levantada, acompanhada ou não atrás de mim, não era seguro. Todos os grupos estavam a falar de mim. Todas as pessoas atrás, na fila do bar, faziam troça e queriam-me mal. No autocarro então, se não saísse dali o mais depressa possível e não tivesse conseguido o último lugar, mais seguro, da fila de trás, todos se uniriam para me espezinhar enquanto pessoa. Era isso que a minha cabeça me dizia. Neste pânico o auxílio era urgente e foi rápido. Pedi outra vez, e por tudo para ser internada no hospital com a pior fama de Portugal, Júlio de Matos, na esperança de me poder curar de vez, e ser o que na verdade sempre quis ser, uma menina normal. Os três pedopsiquiatras que me olhavam seriamente, brancos, enquanto suplicava para ser internada em tal instituição. Depois de 3 semanas internada, a conviver com todo o tipo de problemas, tão ou mais graves que o meu, precisava de sair. No entanto eu estava numa redoma, que me protegia de um mundo que iria continuar a existir assim que saísse. Foi difícil, a fé e a força de vontade foram o segredo sempre. O acreditar que seria possível foi a chave para estar hoje, aqui, a escrever-vos. Para uma miúda que já tinha tentado de tudo, passado por tanto, não foi difícil acreditar que o Marco me poderia verdadeiramente ajudar.
Ainda que no início possa ter sido tudo um bocado confuso, as explicações daquilo que poderia ser a minha vida dali para a frente, foram a árvore de onde os frutos, passado uns tempos, nasceram. Com sessões dedicadas à minha pessoa, e exercícios adaptados às minhas necessidades, técnicas como a hipnose e o reconhecimento pessoal, reensinaram-me a viver em sociedade. O Marco, Programador Neurolinguístico, teve a capacidade de criar uma ligação tão forte comigo, que nos permitiu chegar às respostas mais profundas, tanto quanto aceitá-las. Para o Marco, eu sempre fui criativa. E o objetivo era canalizar essa criatividade, sessão após sessão os resultados eram visíveis, e toda a medicação, que me acompanhava há anos e anos a fio, medicação essa que me disseram ter de tomar para o resto da vida, ficou reduzida a zero e eu já não tinha psicose. Eu não precisava de esconder o problema. Eu precisava de o encontrar e de aprender a lidar com ele. Hoje Sou tão feliz, fiz as pazes com o passado. Estou a acabar um curso pelo qual me apaixonei, e nem vão acreditar: sinto-me capaz de fazer o que quiser no meu futura e carreira . Hoje, sou uma grande Mulher!
Obrigada Marco, para mim, terá sempre um lugar muito especial aqui guardadinho.